De Volta à Elite - Parte 10

Neste post, irei continuar a contar minha história como técnico no Brasfoot. Se você não acompanhou a série desde o início ou perdeu alguma parte, veja os links abaixo:

INTRODUÇÃO
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3
PARTE 4
PARTE 5
PARTE 6
PARTE 7
PARTE 8
PARTE 9 
A ENTREVISTA

Então, lá vai... Clique no link abaixo para continuar lendo:

De Volta à Elite - Parte 10

Eu havia voltado de férias e o ano de 2013 já começara. No ano anterior, eu havia sido Campeão Espanhol, com um feito inédito e inesperável, desbancando os grandes times da Europa com o meu Athletic Bilbao. 2013 havia começado e eu tinha dois amistosos para jogar na pré-temporada, antes de começar a Champions League.
Como de costume, antes de começar a jogar, eu e o presidente tivemos a nossa típica reunião para decidir os nossos objetivos da temporada:

PRESIDENTE - Olá Fernando. Primeiramente, gostaria de parabenizá-lo pela excelente temporada em 2012. Desde que você chegou ao clube eu já sabia que havíamos apostado na pessoa certa.
EU - Muito obrigado, senhor. Espero fazer melhor ainda neste ano!
PRESIDENTE - É exatamente sobre isso que vim falar com você. Precisamos fazer nossa típica lista de metas para o ano, como no ano passado, se lembra?
EU - Claro, senhor. Neste ano, que tal sonharmos mais alto?
PRESIDENTE - É disso que eu estou falando! Bom, acho que com esse excelente plantel que temos (e creio que você ainda vá melhorá-lo), podemos conquistar o Bicampeonato Espanhol e também uma competição de mata-mata. Se conseguirmos a Copa Del Rey ou a Champions League, já está bom de mais!
EU - Ótimo, presidente! Pode deixar comigo, vou fazer o possível e o impossível para isso!

Pronto! Os objetivos estavam traçados!

Assim, fui arrumar a minha equipe para a temporada 2013. Vejam como ficaram as transferências:

Com isso, o plantel do Bilbao ficou assim:

O time estava forte e competitivo o bastante para conquistar os nossos objetivos da temporada. Agora era só conseguir botar isso em prática.
Fui para os amistosos testando um 4-4-2 Normal no primeiro jogo, que logo no intervalo virou um 4-4-2 Losango. Já no segundo jogo, entrei direto com um 4-4-2 Losango. Vejam os resultados:

Athletic Bilbao 1x0 Barcelona
Athletic Bilbao 0x2 São Paulo

Bobeamos no segundo jogo, mas pelo menos era só um amistoso e ainda lucramos uma graninha.

A Champions League estava para começar. Eu renovei alguns contratos e fomos para o primeiro jogo, contra o Lyon em casa. Escalei o time em um 4-4-2 Losango:

O resultado não foi tão bom quanto eu esperava, e acho que nos precipitamos quando fomos para o jogo com uma formação tão ofensiva contra o Lyon. Que isso tenha servido de exemplo para os jogos seguintes...

O meu grupo da Champions League era um dos mais difíceis: Lyon, Barcelona e Cagliari. O jogo seguinte foi contra o Barça.
Desta vez, não cometi o mesmo erro e escalei o time em um 4-4-2 Normal, para não arriscar. O resultado já foi bem diferente...

Ainda pela Champions, enfrentamos o Cagliari fora de casa. Escalei a minha equipe em um 4-4-2 Normal, e mandei-os atacarem pelas laterais. Veja o resultado:

Os dois jogos seguintes da Champions League ficaram assim:

O Campeonato Espanhol iria começar e no primeiro jogo enfrentamos o Real Bétis, em casa. Usei um 4-4-2 Losango, pois o adversário era fraco. Veja o resultado:

Foi um bom resultado e esperávamos fazer ainda melhor contra o Real Madrid na próxima semana. Seria um grande clássico, principalmente porque o técnico do time deles, Manuel Pellegrini, era o melhor técnico da Espanha, enquanto eu estava em segundo prestes a ultrapassá-lo. Por isso, a semana que antecedeu a partida foi marcada por várias trocas de farpas entre mim e ele. Mas é claro que a imprensa dava uma atiçada nas coisas...

Enfim, chegou o dia do jogo. Falei com o meu time no vestiário e dei as devidas ordens (jogaríamos no 4-4-2 Normal). Quando subíamos para o campo (San Mames, lotado), o time do Real Madrid estava numa fila ao lado da nossa. Assim como o seu técnico, que virou para mim e começou a provocar:

MANUEL - Pronto para perder, criancinha? Volte para o jardim de infância vai...
EU - O que foi? Está com invejazinha, é? Poxa, bem que eu queria ser velho e enrrugado como você...
MANUEL - Não brinque com fogo, Fernando. Primeiro aprenda a ser técnico de futebol...
EU - Pois é, que humilhação né? Um jovem técnico ultrapassando um experiente... É melhor você se cuidar e começar a olhar pelo retrovisor, pois estou logo atrás.
MANUEL - Isso, atrás. É aonde você deve ficar.
EU - Não se humilhe sozinho, Manuel, rsrs... Não percebe o que acabou de dizer? Rsrs

E fomos para o jogo...

Que vitória! Deixei o Manuel com a boquinha fechada, e ele nem sequer olhou para mim após o jogo. Além disso, conquistamos o 1º lugar, que até então era do Real. Aquela tarde não podia ser melhor...

Veja como ficaram os jogos seguintes:

 

Na maioria dos jogos acima eu utilizei sempre um 4-4-2 Normal, variando os tipos de ataque fora de casa e dentro. Em casa eu atacava pelo meio e fora, pelas laterais.
Eu havia feito uma boa campanha até aqui. Estava nas semi-finais da Copa da Espanha, em 3º lugar no Campeonato Espanhol, e iria disputar a final da Champions League. Este último, sem dúvida, seria o título mais importante.
A partida seguinte seria a final, contra o Manchester United. Porém, antes de ir jogá-la, eu fiz algumas mudanças no time, pois os salários dos jogadores estavam muito altos, e apesar de eu estar com mais de $1 milhão em caixa, poderia me trazer prejuízos.
Vejam as transferências que foram feitas:

Com isso, meu time ficou assim:

O jogo seguinte seria a final da Champions League contra o Manchester United. Até agora, esse seria o jogo mais importante da minha carreira. Não poderia falhar em um momento tão crucial. O jogo de ida seria na casa deles, o Old Trafford.
Escalei o time em um 4-4-2 Normal, atacando pelas laterais, e fomos para o jogo. Veja o resultado a seguir:

Garantimos um bom resultado fora de casa e já tínhamos uma boa vantagem para o jogo de volta. Porém, tínhamos um desfalque: Burak Seres, o nosso volante reserva, se machuacara, e o departamento médico teria que fazer de tudo para que ele pudesse jogar a finalíssima.
Enquanto o grande dia não chegava, tínhamos os jogos da Liga e da Copa para ganhar. O Campeonato Espanhol estava bastante disputado, e eu não vinha fazendo uma campanha tão boa até aqui, pois a prioridade era a Champions.

Os jogos seguintes, até a grande final, ficaram assim:

Com esses bons resultados, eu havia ultrapassado o Barça e o Real na tabela e estava agora em 1º lugar.

Então, o dia da final chegara.

Pegamos o ônibus do clube e fomos até o San Mames. Na ida até o estádio, passamos por milhares de torcedores do Bilbao que gritavam e torciam por nós. A torcida queria muito este título. Mas eu queria mais, e tinha o poder de decisão em minhas mãos.
Quando chegamos ao estádio, descemos para o vestiário e eu disse algumas palavras ao time:

É isso aí, garotos. Chegamos até aqui depois de muito esforço, não podemos falhar agora. Vocês merecem estar aqui, e só venceremos essa partida e conquistaremos este título se vocês acreditarem nisso. A auto-confiança é tudo, principalmente neste momento tão crucial. Por isso, eu quero que vocês joguem como sempre jogaram, e acreditem em si mesmos. Pois só assim conseguiremos este título!

Os jogadores vibraram e fizeram a última reza antes de subirmos para os gramados.
San Mames lotado, torcedores gritando o nome de cada um da nossa equipe. Isso nos deixava mais confiantes ainda...

O juíz então apitou o início da partida.

1º Tempo
Começamos com a posse de bola. Aos 15 minutos, o lateral Fábio, do Manchester, entrara com força em cima do nosso jovem Giuliano. Ele poderia até ter quebrado a perna, e o jogador deles merecia expulsão. Mas, como estávamos ainda no começo, o juíz deu apenas um amarelo.
A falta era boa para nós, e Muniain era especialista nessa posição. O juíz autorizou a cobrança. Muniain correu para a bola e mandou-a por cima da barreira, no ângulo esquerdo do gol, sem chances de defesas para o goleiro, que ficou parado, só olhando a bola cair e morrer dentro do gol.
1x0!
Aos 38 minutos, o nosso jovem lateral rouba uma bola no campo de defesa e corre em disparada pela lateral direita. Dribla um, dribla dois, e manda um chute da intermediária, que vai no cantinho esquerdo do gol.
2x0!
O juíz então apita o final do primeiro tempo.

Estatísticas do Intervalo:
Posse de Bola - 60% x 40%
Finalizações - 6 x 1

Substituições no Intervalo:
Sai - Mannini / Entra - Dominic

2º Tempo
A partida recomeça.
Aos 3 minutos, Iker Muniain recebe um passe de Muntari, tabela com N'Gog, entra na área e bate uma bomba no canto. Para fora!
Aos 7 minutos, a mesma jogada se repete, só que dessa vez N'Gog manda um chute no alto, indefensável. Golaço!
3x0!
O Manchester, pressionado, faz uma alteração na lateral e coloca Evrá no lugar de Fábio, amarelado.
Para poupar alguns jogadores cansados, aos 26 minutos, também faço minhas últimas substituições. Callum entra no lugar de Muntari, e Juan Techera no lugar de Dodô.
O jogo segue disputado até o final, e mandamos uma bola na trave com um chute de Giuliano.
Então, o juíz apita o final do jogo.

É campeão!!! Todo mundo do banco de reserva invade o gramado para comemorar, e a festa foi enorme! Fizemos a famosa Volta Olímpica e então recebemos o nosso troféu.

Este foi, sem dúvida, o título mais importante da minha carreira até agora. Título de melhor da Europa!
Eu já era o terceiro melhor técnico do mundo, e estava em segundo na classificação da Espanha, à um ponto atrás de Manuel. Bastavam algumas vitórias a mais.
Agora, tínhamos a nossa passagem para o Mundial! Será que o Bilbao vai se tornar o melhor time do Mundo de 2013?! Será que eu, Fernando Monteiro, conseguirei me tornar o melhor técnico do mundo?!
Isso fica para o próximo capítulo...

CONTINUA...

Abs,
Fernando Monteiro

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