Chegamos a parte final da minha última história como técnico no Brasfoot 2010! Para quem não lembra ou não viu, seguem os links com as partes anteriores:
INTRODUÇÃO
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3
PARTE 4
PARTE 5
PARTE 6
PARTE 7
PARTE 8
PARTE 9
A ENTREVISTA
PARTE 10
Vamos lá... Clique no link abaixo para continuar lendo:
De Volta à Elite - Parte Final
Eu estava no ano de 2013 comandando o Athletic Bilbao, prestes a terminar o primeiro turno do Campeonato Espanhol na primeira posição. Havia acabado de conquistar a Champions League e a passagem para o Mundial me aguardava ansiosamente nos meus pensamentos. Eu estava parado ali, sentado em minha cama no quarto de um hotel, apenas pensando e relembrando tudo que passei. Há 3 anos atrás eu não era nada, e hoje sou considerado um dos melhores técnicos do mundo. Apesar da presença constante dos meus pais, o meu verdadeiro amigo que me guiou até aqui foi a minha confiança. Ela que me ajudou a superar todos os desafios, desde o medo de vir para a Espanha, até as dificuldades de montar um bom time. Quando se tem confiança, consegue-se tudo. E agora, mais do que nunca, precisava da ajuda dela para me recompor. Pois é... Estou fraco. Meu coração está fraco. Dias após a vitória na Champions League, recebi a notícia de que meu pai havia sido vítima de um atropelamento nas ruas da Espanha. Ele não sobreviveu.Pedi uma semana de folga e me afastei do clube. Estava desolado, assim como minha mãe. Na semana em que estivesse fora, assisti ao primeiro jogo do meu clube ao lado dela no fim de semana seguinte, e foi bom para descontrairmos um pouco. Desde que havíamos mudado para cá, ela e meu pai nunca haviam perdido um jogo sequer do Bilbao. O meu auxiliar técnico Leco, que veio comigo do Brasil, comandou a equipe e ganhamos por 2x0 do Huelva.
Continuávamos em primeiro, mas nem a vitória nem a classificação me animavam... Eu estava muito triste e nada mais importava. Meu pai fora a pessoa mais importante na minha vida, ao lado da minha mãe. Mesmo assim, como em todas as vezes que precisei dela, a minha confiança estava lá para me ajudar. Ela me deu forças para continuar trabalhando e vivendo minha vida. Percebi que não podia ficar preso nas memórias, pois não poderia mais sair depois. Era preciso me recompor, e para isso a auto-confiança é tudo.
Bom, de volta ao trabalho, tinha que me concentrar no Bilbao e nos títulos que estavam por vir.
A partida seguinte foi pela 2ª partida da semi-final da Copa da Espanha, contra o Mallorca. Tínhamos uma vantagem de 2 gols, e iríamos jogar fora de casa. Escalei o time em um 4-4-2 Normal pelas laterais e fomos para o jogo.Conseguimos um excelente resultado e nos classificamos para final!
No jogo seguinte, pela Liga da Espanha, repetimos o mesmo resultado usando a mesma tática:
Na partida seguinte, repetimos a tática, mas o resultado não foi o mesmo... Mesmo assim, ganhamos e nos isolávamos cada vez mais na ponta.
Então, chegou o dia da final da Copa... Já estávamos acostumados com a pressão de um jogo de final, e por isso o lado emocional não nos afetava. Ou pelo menos não afetava os meus jogadores, porque eu estava bastante alterado emocionalmente. Meu pai morrera há menos de um mês atrás e estava sendo difícil de superar. Percebi que o termpo não cura as feridas, e que isso só depende de mim mesmo. Por isso, estava dedicado a ganhar esse título, em homenagem ao meu pai.
Mas esse ainda era apenas o primeiro jogo, fora de casa, contra o Espanyol. Não mudei a tática que já estávamos acostumados, e fomos para o jogo.
O primeiro passo já estava dado. Conseguimos uma boa vantagem para o jogo de volta, e era questão de tempo para que conquistássemos mais um título. Enquanto o tão esperado dia não chegava, jogamos dois jogos pela Liga da Espanha...
O primeiro deles, contra o Real Madrid, nos afastou da liderança:
Real Madrid 2x1 Athletic Bilbao
Mesmo com a derrota para o meu grande rival Pellegrini, ele não falou e nem olhou para mim durante o jogo inteiro. Talvez ele sabia do que acontecera com meu pai, e por isso acho que foi bom da parte dele.
A partida seguinte foi contra o Barcelona, e empatamos dentro de casa em 1x1. Destaque para mais uma grande defesa de pênalti do nosso goleiro Fernandez.
Então, chegara o grande dia da final. Conversei com meu time como sempre fazia antes dos jogos e subimos a rampa até o gramado. Quando o fizemos, a primeira coisa que repareifoi uma faixa da torcida do Bilbao com uma foto minha, escrito " Estamos juntos nessa". Isso me deixou cem vezes mais confiante do que eu já estava, e eu acreditava nessa vitória mais do que tudo. Porém, acho que os meus jogadores não entraram em campo da mesma forma, pelo menos até os 30' do primeiro tempo.
Tomamos um susto no começo, mas conseguimos reverter a situação e conquistar mais um título!
É campeão da Copa da Espanha!!! Foi um grande alívio pra mim, pela ocasião especial que envolvia tudo isso...
Agora meu objetivo era me concentrar no Espanhol para garantir mais um título e ir mais confiante ainda para o Mundial!
Os jogos seguintes ficaram assim:
Até aqui, vinha fazendo uma boa campanha, mas não excelente. Falhei algumas vezes e essas falhas foram cruciais para deixar o Real Madrid isolado na primeira posição. Vejam a classificação ate agora:
Haviam apenas mais dois jogos para o fim do Nacional, e eu precisava mais do que apenas ganhar os dois jogos: era preciso torcer contra o Real Madrid. Essa segunda parte não seria nada fácil de se conseguir...
Como no ano passado, era preciso um milagre para que eu conseguisse ultrapassar o Real na classificação. O único problema é que dessa vez avisaram ao Real Madrid que eu acreditava em milagres... E dessa vez não tinha muita confiança ao meu lado.
Mesmo assim, não podíamos desistir, e tentamos fazer pelo menos a nossa parte.
Ganhamos de 5x1 fora de casa.
Assim como o Real.
O sonho acabara. O Bicampeonato Espanhol não foi possível neste ano, mas ainda tínhamos nossas expectativas no Mundial.
Para fechar o Campeonato Espanhol, jogamos contra o Real Murcia em casa.
A classificação do Campeonato Espanhol ficou assim:
Agora era hora de pensar no Mundial. Os jogadores já estavam preparados e nós havíamos viajado até os Emirados Árabes para disputar esssa tão sonhada competição. Seria o momento mais importante da minha carreira.
Nosso primeiro jogo, pelas semi-finais do Mundial Interclubes, foi contra o Kashima Antlers. Escalei o time da mesma forma em que havia escalado nos outros jogos, usando um 4-4-2 Normal pelo meio.
Fizemos um bom jogo, mas percebemos que não podíamos brincar. Enfrentaríamos o River Plate, que ganhar nos pênaltis do América - MEX.
Enfim, o dia do jogo chegou. Pegamos o ônibus do time e fomos até o estádio. Eu falei com os jogadores no vestiário e logo depois que pegamos o nosso lugar no banco de reservas, senti um forte aperto no coração. Era por causa do meu pai. De repente, todos os momentos que vivemos juntos passaram pela minha cabeça. Isso me deu uma forte angústia e tristeza, mas também mais motivação ainda para ganhar. Tinha que fazer isso por ele, tinha que fazer isso por Bob.
Então o jogo começou. E eu só parei de gritar e dar ordens para os jogadores quando o juíz apitou pela segunda vez. Porque foi quando ele apitou que eu pude comemorar o título de melhor do mundo.
Fizemos uma excelente partida, mesmo com um jogador a menos, e não há nada que não nos confirme como o melhor time do mundo. E eu, como o melhor técnico. Mas esse título não era só meu, e sim do meu pai. Meu pai Bob...
Veja os campeões de 2013:
Veja como ficou o Ranking de Técnicos Internacional:
Agora, a minha Galeria de Troféus:
Eu fiz história no Paysandu e no Ahletic Bilbao, voltando à elite com os dois clubes. Essa foi mais uma história contada aqui no Brasfoot Análises. Tentei ser o mais criativo possível e sei que ás vezes fui sem graça, rsrs, mas valeu a intenção. Obrigado à todos que me acompanharam em mais essa saga...
Se alguém ainda não viu, confira as outras histórias já postadas no BFA:
Em breve postarei o save do De Volta à Elite para vocês conferirem, e já digo que teremos uma surpresa por aí!
Enfim, obrigado novamente à todos que acompanharam...
Abs,
Fernando Monteiro
ATENÇÃO: Esse artigo é de direito reservado. Sua reprodução, parcial ou total, mesmo citando nossos links, é proibida sem a autorização do autor. PLÁGIO É CRIME e está previsto no artigo 184 do Código Penal. - Lei n° 9.610-98 sobre os Direitos Autorais
9 comentários:
Eu já li todas as suas sagas e sempre estou acompanhando as postagens do blog, são demais e me inspiraram a jogar Brasfoot de uma forma diferente.
Os diálogos com os dirigentes,jogadores e as entrevistas eventuais enriquecem muito a série!
sugestão:Após vencer um grande título (tipo uma copa) ou o clube se envolver em alguma grande polêmica (com um jogador ou até os dirigentes por exemplo)o técnico (ou dirigentes) poderiam conceder entrevistas coletivas (varios reporteres fazendo perguntas) acho que ia ficar muito interessantes.
ps: Adorei a entrevista para o jornal!
AMEI O POST FERNANDO !!!!!!!!!!!
Putz, denovo - como no Rumo ao Estrelato - você não consegui virar o melhro técnico no Rank :(
E valeu por trazer tanto conteúdo para os visitantes do BFA, atualizações, análises, tutos, séries e etc, tudo impecável !
E ainda acho impressionante só 1 pessoa (você!) fazer conteúdos perfeitos, diferente daqueles Sites/Blogs que tem 20 ADM e posta bem dizer 2/1 vez por semana, 1 post comum do BFA vale 300 de qualquer outro site de BrasFoot, disso tenha certeza !
BrasFoot Análises
Simples, Mas Original !
:D
Esqueci de mandar no outro comentário, o post demorou muito tempo para ser feito ?
O nome do seu pai (na História) é Bob, ou quem é Bob, não entendi essa parte =/
Muito Bacana...
Qual é essa surpresa?
Que história legal! Pena que você não ganhou o Espanhol...
Me deu vontade de jogar Brasfoot agora *--*'
Continua fazendo suas histórias legais, eu amo ler elas :P
Mas, e aí, vai sair o save? *__*
Abraço!
Guilherme,
Obrigado elos elogios e pela dica, vou ver se faço isso na próxima história!
Valeu pelo comentário! =)
Bruno,
Nossa, obrigado mesmo... =) Tento fazer o melhor possível aqui para o BFA e fico feliz em saber que está dando certo de alguma forma.
O post demorou sim algumas horas, mas é que eu me distraí muito também enquanto estava fazendo, por isso demorou mais. Ah, e sim, o nome do meu pai na história era Bob. Rsrs =)
Juninho,
Obrigado pelo comentário!
A surpresa é..... surpresa! Rsrs, hoje mesmo eu posto!
Matt,
Obrigado pelo comentário! O save sairá hoje mesmo, com uma surpresa!
Abs,
Fernando
Muito bacana, Fernando, vc eh mto criativo... Fiquei chateado quando seu pai morreu, mas vc eh um exemplo digno de superação. Muito boa saga, ganhou a minha moral.
Gabriel Marinatto,
Obrigado! =)Não deixe de conferir a nova história BFA FC que estou fazendo...
Muito bom Fernando. Admiro muito o seu trabalho. Essa série foi espetacular, excepcional, incrível... Parabéns, estarei sempre acompanhando suas séries, Parabéns mesmo, pela criatividade...
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